quarta-feira, 23 de março de 2011

Preservação

Preservação




Na atualidade a preservação de um determinado bem cultural, tem sido um tema recorrente, principalmente quando se refere ao patrimônio histórico de uma cidade.

Existe ainda a preocupação de impedir a descaracterização e a degradação da cidade, mas não há um consenso em relação de critérios para a preservação de monumentos.

Consciência para a preservação do patrimônio histórico é algo recente.

No passado havia soluções, criativas. Edifícios residenciais e eclesiasticos, praças, monumentos, conservavam-se, o “resto” era demolido ou reformado.

Hoje busca-se a manutenção do conteúdo histórico, órgãos que defendem o patrimônio são mal vistos, tornaram-se vilões, trazendo empecilhos para a realização de projetos arquitetônicos que mudariam as feições conhecidas. Dá-se a impressão de que a função desse órgão é meramente punitiva. E ainda as crenças de que é mais fácil construir um imóvel irregular e depois aprova-lo, e não submeter-se as exigências preservacionistas.

Mas que medida adotar? Falta de legislação, processos contra infratores a recuperar os espaços depredados.

E quanto a falta de preparo de técnicos para estabelecer critérios, realizar intervenções e orientar quanto o uso de espaços preservados; ausência de esclarecimento de moradores, inexistência de opinião pública, talvez a associação de vários fatores...

Mas o aspecto mais grave é a questão “morador x moradia”, contradição entre o antigo e o contemporâneo, não há mais a existência do linguajar italiano, as vilas operárias, as primeiras atividades comerciais do inicio do século 20, a velha estação de trens, a igreja matriz, porque então preservar o que se julga como antigo?

É óbvio que os moradores tem que se adaptar a vivência histórica e a preservação da memória, e não fazer adaptações que descaracterizam a idéia original, manter uma atitude educativa para a valorização do patrimônio e, incentivar a preservação da memória regional.

É digno de nota, de que os moradores de uma cidade em permanente construção, devam criar alternativas para minimizar os efeitos que a vida moderna pode ter no conjunto arquitetônicos das cidades e proporcionar idéias para garantir a manutenção do estado original, descontos apoio técnico, planejamento de intervenções etc.

Os órgãos competentes devem instituir uma parceria educativa, em que a preservação represente a manutenção das origens de história local, além de movimentos de riqueza, através do turismo que proporciona uma significativa melhora na qualidade de vida.

Oportunamente outros segmentos e empresas também poderão participar dessa parceria, seja em projetos de restauração ou revitalização de monumentos.

Em síntese, a manutenção de um determinado acervo histórico se efetiva através da união entre o poder público, a iniciativa privada e a população local, desde que sintam-se responsáveis pela preservação do patrimônio, havendo iniciativa, fiscalização e apoio.

Sendo assim, será possível restaurar e revitalizar o patrimônio em outras diferentes áreas, depositárias de novas memórias e desejo de aprender com o passado, para através deste planejar a construção de um futuro melhor.









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