quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Manifestação em prol da emancipação de Osasco

Autonomistas e a Emancipação de Osasco



     Em 1944, Osasco passou de zona distrital para subdistrito da cidade de São Paulo. Era uma região industrial em emergente progresso, contribuindo anualmente com impostos no valor de três milhões de cruzeiros. Mas o retorno não vinha através de obras significativas que a prefeitura de São Paulo poderia fazer. Sendo assim um grupo de habitantes teve a idéia de se reunir para lutar em defesa do bairro de Osasco...
     A Sociedade Amigos de Osasco – SAO, travaria uma grande luta a favor da Autonomia Político-Administrativa de Osasco, trabalho feito através da distribuição de panfletos, reuniões e palestras.
     No dia 19.02.1952 a Sociedade Amigos de Osasco realizou uma reunião no Cinema Osasco.
Passa então existir o clima de guerra, duas forças antagônicas: a turma a favor e a do contra.
     A eleição acontece em 1953 O “SIM” perdeu por uma pequena diferença de 145 votos e, provavelmente, o resultado fora fraudado em virtude das urnas eleitorais terem ficado no cartório local, que era o reduto da turma do “Não”.
     O movimento autonomista foi alçado em assembléia realizada no clube Floresta, em 13.12.1957, sendo decidido que a SADO seria responsável pela documentação a ser enviada até o fim de abril de 1958, à Assembléia Legislativa.
     As eleições marcadas para 10.04.1959 foram suspensas pelo Supremo Superior Tribunal Eleitoral que anulou a lei criadora do município.
     Em 11.11.1959, o órgão eleitoral, pelo voto de desempate do presidente, indeferiu o pedido daquela agremiação, alegando que persistia a decisão do STF o qual declarou nula a Lei 5.121.
     Os autonomistas recorreram ao TSE, que em pronunciamento de 07.06.1961, reconheceu os feitos da lei estadual que concedeu a emancipação e promoveu o desmembramento de Osasco da capital.
     Declarando sem efeito a decisão do TER que considerava necessária a realização de novo plebiscito, na mesma data ordenou ao TER à marcação das eleições. Foi então, fixado para o dia 07.01.62 para o pleito.
     O prefeito de São Paulo, Prestes Maia, recorreu ao TSE no dia 15 de novembro.
     Como o Tribunal não tomou conhecimento do recurso, o chefe do Executivo Paulistano requereu “reclamação regimental” ao Supremo. A liminar foi concedida.
     Na madrugada do dia 07 (dia da eleição) o TER suspendeu a eleição. O descontentamento foi geral em Osasco.
     Pela manhã houve o início de um comício com faixas e cartazes para o enterro do STF.
     No mesmo dia uma caravana seguiu em direção ao Museu do Ipiranga, trazendo de lá a chama da pira do altar da pátria, que por sua vez ficaria acesa no largo da estação Osasco, até que fossem realizadas as eleições.
     As eleições foram realizadas em 04.02.62 e os resultados apontaram para prefeito o advogado Hirant Sanazar.
     A diplomação ocorreu no dia 07 de 02.62 e a posse do primeiro prefeito e vereadores no dia 19.02.62.


A Pira que ficou acesa no Largo de Osasco


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