quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Igreja Matriz de Osasco
Rarissima foto da igreja Matriz de Santo Antonio - Osasco - 1939
Foi publicada no livro: "Cenni Storici su Osasco", de autoria dosacerdote Giueppe de Marchi.
Tenhum exemplar que comprei no "Sebo do Messias ", em 1989
No mesmo há um breve reato sobre Osasco.
O papel do Bacharel em História
Me pergutaam o que é um Bacharel em História e quais as suas atribuições....
O bacharel em História tem um vasto campo de trabalho, especificamente: educação e pesquisa.
Mas, além disso, por ser um curso completo e muito amplo, apresenta um perfil adequado a carreiras que necessitem de uma formação sólida e de bons conhecimentos gerais.
Há muitos historiadores trabalhando em empresas de comunicação, em institutos de pesquisas, em Organizações Não-Governamentais e em carreiras públicas.
O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e necessitando de um profissional versátil e bem formado. Hoje não há espaço para o profissional que executa apenas uma função. Por isso, é fundamental que ele tenha uma boa formação acadêmica, domínio de línguas e informática; mas, principalmente, que tenha bons conhecimentos gerais e que escreva e fale um bom português.
Optando pelo magistério ou esquisa especifica, o bacharel em História tem que ser um assíduo leitor de livros jornais e revistas e procurar se atualizar sempre.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
domingo, 28 de agosto de 2011
Antiga residência em Osasco
Reconstrução da fachada de uma antiga residência que existiu em Osasco. Situava-se na Rua Dona Primitiva Vianco, próxima da Estação Osasco.
Serviu durante alguns anos como sede da Matriz Provisória de Santo Antonio, posteriormente como residência e por fim, posto de gasolina, foi demolida nos anos 60.
Trabalho de José Luiz Alves de Oliveira
terça-feira, 19 de julho de 2011
Vila Osasco
A ser lançado em 2012, para comemorar os cinquenta anos da cidade, contém inúmeras ilustrações e texto.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Andor de Sto. Antonio - 1997
Essa é uma foto rara do andor de Sto. Antonio, padroeiro de Osasco. Estava faltando meia hora para a procissão sair e fui no prédio da Cúria, aproveitei e fiz essessa tomada.
È praticamente a mesma imagem doada em 1919, mas há uma diferença, foi repintada...
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Moradores da Vila Osasco
“Moradores da Vila Osasco”
A fábrica de papéis de Narciso Sturlini
A fábrica de papéis de Narciso Sturlini
Narciso Sturlini nasceu em 1855, em Uzzano, Itália. Desembarcou em Santos no dia 17 de março de 1888, acompanhado de sua mulher Mariana e de três filhos menores. Artesão especializado, queria instalar no Brasil uma industria de papelão. Pouco mais de um ano de sua chegada, veio para Osasco com a família, onde adquiriu um de terra de Antonio Agu. Com um capital inicial de 800 mil reis, deu inicio a tarefa, fabricando os tijolos de que precisava, construir o edifício, galpões para a fabrica, abrindo estradas provendo meios de locomoção, instalando caldeiras de vapor para gerar a força motriz, montado peça, a primeira maquina de fabricar papel e papelão da América do Sul. Estava fundada a fabrica Cartieira.
Em 1889, o local já congregava uma centena de famílias, na maioria de origem italiana, que Sturlini convocara ao redor de si. Nesta época a fábrica mantida um armazém de abastecimento e uma escola para a alfabetização de operários e de seus filhos. A própria r. da Carteira, atual Narciso Sturlini, foi aberta por ele, a fim de transportar as mercadorias até o local de embarque.
Ao ser inaugurada a fábrica, a sua produção era de cerca de 100 kg. Mais tarde, visando a ampliação da industria, admitiu como sócio Nicola Matarazzo, em 1906. A nova sociedade passou a controlar as fábricas de papel de Salto de Itú, Mendes e Tijuca (R.J.). Sob a gerência do filho Alfredo, iniciou-se em São Paulo a fabricação de caixas de papelão. Em 1910 foi decidida a transformação da empresa em sociedade anônima, surgindo então a companhia Paulista de Papéis e Cartonagens. Alguns anos depois, Narciso Sturlini, com a saúde combalida pensou voltar a Itália, mas a morte o surpreendeu antes que pudesse realizar o seu intento. Narciso Sturlini faleceu em 1918.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Preservação
Preservação
Na atualidade a preservação de um determinado bem cultural, tem sido um tema recorrente, principalmente quando se refere ao patrimônio histórico de uma cidade.
Existe ainda a preocupação de impedir a descaracterização e a degradação da cidade, mas não há um consenso em relação de critérios para a preservação de monumentos.
Consciência para a preservação do patrimônio histórico é algo recente.
No passado havia soluções, criativas. Edifícios residenciais e eclesiasticos, praças, monumentos, conservavam-se, o “resto” era demolido ou reformado.
Hoje busca-se a manutenção do conteúdo histórico, órgãos que defendem o patrimônio são mal vistos, tornaram-se vilões, trazendo empecilhos para a realização de projetos arquitetônicos que mudariam as feições conhecidas. Dá-se a impressão de que a função desse órgão é meramente punitiva. E ainda as crenças de que é mais fácil construir um imóvel irregular e depois aprova-lo, e não submeter-se as exigências preservacionistas.
Mas que medida adotar? Falta de legislação, processos contra infratores a recuperar os espaços depredados.
E quanto a falta de preparo de técnicos para estabelecer critérios, realizar intervenções e orientar quanto o uso de espaços preservados; ausência de esclarecimento de moradores, inexistência de opinião pública, talvez a associação de vários fatores...
Mas o aspecto mais grave é a questão “morador x moradia”, contradição entre o antigo e o contemporâneo, não há mais a existência do linguajar italiano, as vilas operárias, as primeiras atividades comerciais do inicio do século 20, a velha estação de trens, a igreja matriz, porque então preservar o que se julga como antigo?
É óbvio que os moradores tem que se adaptar a vivência histórica e a preservação da memória, e não fazer adaptações que descaracterizam a idéia original, manter uma atitude educativa para a valorização do patrimônio e, incentivar a preservação da memória regional.
É digno de nota, de que os moradores de uma cidade em permanente construção, devam criar alternativas para minimizar os efeitos que a vida moderna pode ter no conjunto arquitetônicos das cidades e proporcionar idéias para garantir a manutenção do estado original, descontos apoio técnico, planejamento de intervenções etc.
Os órgãos competentes devem instituir uma parceria educativa, em que a preservação represente a manutenção das origens de história local, além de movimentos de riqueza, através do turismo que proporciona uma significativa melhora na qualidade de vida.
Oportunamente outros segmentos e empresas também poderão participar dessa parceria, seja em projetos de restauração ou revitalização de monumentos.
Em síntese, a manutenção de um determinado acervo histórico se efetiva através da união entre o poder público, a iniciativa privada e a população local, desde que sintam-se responsáveis pela preservação do patrimônio, havendo iniciativa, fiscalização e apoio.
Sendo assim, será possível restaurar e revitalizar o patrimônio em outras diferentes áreas, depositárias de novas memórias e desejo de aprender com o passado, para através deste planejar a construção de um futuro melhor.
sexta-feira, 18 de março de 2011
A responsabilidade pelo Patrimônio Cultural.
A responsabilidade pelo Patrimônio Cultural.
A palavra cultura pode ser definida por Ferreira (2004) como sendo o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc, transmitidos coletivamente e típicos de uma sociedade.
Cultura é toda produção ou manifestação voluntária, individual ou coletiva, que vise com sua comunicação à ampliação do conhecimento (racional e /ou sensível) através de uma elaboração artística, de um pensamento ou de uma pesquisa científica (FEIJÓ, 1983).
A responsabilidade pelo Patrimônio cultural é de todos nós, seja na comunidade, na cidade, na região ou na nação e devemos cuidar para que ela seja preservada como uma herança para futuras gerações. No que tange ao patrimônio cultural, muitas vezes é relegado a um segundo plano em sua conservação, seja por desleixo, falta de conhecimento, de interesse ou de aporte financeiro pelos que ocupam cargos no poder público.
Esta conservação ocorre na maioria das vezes por pressão de uma comunidade que sabe do valor e da representatividade deste patrimônio, conseguindo que se realizem obras ou intervenções para sua preservação, quase sempre bancadas financeiramente pela iniciativa privada que, por sua vez, obtém incentivos fiscais, e a vinculação da sua imagem junto à comunidade pela divulgação nos diferentes meios de comunicação.
A questão do patrimônio cultural (histórico, artístico, arquitetônico e ambiental) deve ser levada a sério em todas as esferas (municipal, estadual e federal), e o cidadão deve se conscientizar de que o patrimônio tem de ser integrado no dia a dia de todos, com as demandas e necessidades de uma cidade, não como uma lembrança isolada de um tempo passado, mas sim fazendo parte ativamente da vida coletiva.
Todo os assuntos de interesse de uma cidade devem ser discutidos pela comunidade e pelos seus representantes das administrações públicas, pois juntos podem compartilhar decisões que levam a aprimorar um planejamento urbano e valorizar o seu patrimônio cultural.
Neste processo de proteção do patrimônio cultural devem ser consideradas tendências, forças e oportunidades, franquezas e ameaças e propor condições que fortaleçam os pontos positivos e que os negativos sejam amenizados ou solucionados.
As considerações devem priorizar projetos concretos e realistas, que levem em consideração questões técnicas, institucionais, financeiras, soluções duradouras e abrangentes, e incorporar às ações de preservação atividades relacionadas à educação patrimonial.
“Carregados de uma mensagem espiritual do passado, as obras monumentais dos povos são, na vida presente, o testemunho vivo de suas tradições seculares.
A humanidade, que cada dia toma consciência da unidade dos valores humanos, considera as obras monumentais como um patrimônio comum, e se reconhece solidariamente responsável por sua salvaguarda frente às futuras gerações, às quais ela deve transmiti-lo com toda a riqueza de sua autenticidade” (CARTA de Veneza, 1964).
A Preservação do Patrimônio histórico e Cultural
A Preservação do Patrimônio histórico e Cultural
Hoje em dia presenciamos o redescobrimento de valores patrimoniais e culturais, aprendendo a olhar para o patrimônio como uma parte de nossa e que valoriza a cultura, de algo que é o retrato de um passado histórico, e de manifestações culturais. Não é a busca de exótico, mas a forma de viver de um povo...
A preservação do patrimônio histórico brasileiro se reveste desde o seu início, de interesses políticos de uma classe dominante. Com o objetivo de reafirmar uma identidade nacional foi criado, em 1936, o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), que através do tombamento possibilita a proteção do patrimônio histórico.
A criação do SPHAN surge com o Modernismo e do Estado Novo. O movimento Modernismo “representou um esforço de penetrar mais fundo na realidade brasileira” (BOSI, 1994, p. 332), buscava uma genuína identidade cultural brasileira despida do modelo europeu, e o Estado Getulista procura uma identidade nacional com a valorização do patrimônio histórico.
“A ideologia vigente no Estado Novo apoiava-se no nacionalismo, o que resultou na legitimação do discurso dos modernistas sobre o patrimônio” (MELO, 1998, p. 24).
“O Movimento Moderno da década de 20 teve uma grande influência no projeto político do SPHAN. As idéias contidas nas várias obras literárias e artísticas dos modernistas são expressas pela visão crítica que contestava um Brasil europeizado, que não reconhecia o valor da cultura nacional.” (SILVA, 2004, p. 46).
O “Moderno” passou a ser o modelo da época, e os modernistas defendiam a arquitetura colonial e o barroco brasileiro como expressão máxima da identidade cultural brasileira. Afirmavam, e hoje sabemos que suas opiniões são legitimas, pois valoriza a relações entre passado e futuro, servindo até para a formação da arquitetura moderna no Brasil.
O barroco e as construções do período colonial acabaram sendo eclipsadas perante um modelo “importado” tomando formas de um estilo neoclássico, muito ao gosto da corte imperial brasileira, obra sem a devida autenticidade arquitetônica e distante do modelo português...
Como podemos notar, a questão da preservação do patrimônio histórico sempre esteve ligada a interesses políticos e econômicos de uma determinada maioria, e do próprio Estado sempre a procura de recursos financeiros, para criar uma identidade cultural nacional e a uma determinada tematização. Um símbolo que fosse conhecido e valorizado não só nacionalmente, mas internacionalmente também, definindo o barroco para representar essa idéia.
Obviamente outros aspectos culturais foram esquecidos: a s culturas dos negros e indígenas, notadamente reconhecidas pelos modernistas como a expressão máxima da cultura brasileira.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Osasco
BREVE HISTÓRIA DE OSASCO
ORIGEM
(do livro Tempo, História e Nanquim - Primeiro volume - Autor José Luiz de Oliveira - junho de 1993)
ORIGEM
Antônio Giuseppe Agú nasceu em Osasco, Itália, no dia 25.10.1845. Filho de Antônio Giuseppe de Pietro Agú e Domenica Vianco. Casou-se com Benvenutta Chiaretta, tendo dessa união uma única filha, Primitiva Dominica Michela Agú. Informações do histórico da Cúria Metropolitana de Osasco, Itália, informam que Agú em 1872, emigrou para o Brasil, e trabalhou na construção do Engenho Central de Capivari, cidade do interior da Província de São Paulo.
Residindo na capital, compra imóveis nas ruas Lins de Vasconcelos e da estação, atual rua José Paulino, e de João Pinto Ferreira e esposa, em 1887, uma parte do sítio Ilha de São João. A propriedade existente no km 16 da estrada de ferro Sorocabana possuía casas, ranchos e forno de olaria, tendo os limites: frente para a linha férrea, vertente Bagreira, córrego Bussocaba e rio Tietê.
Meses depois, Agú adquire o restante do sítio, uma área de 400 alqueires, incluindo trecho de 50 alqueires contendo: vinhedo, diversas casas, árvores frutíferas, casa de moradia, ranchos, engenho movido a água e casa de fabricação de farinha. Limites: linha férrea, córrego Bussocaba, valo divisor com Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, córrego João Alves e a estrada de ferro.
Em 1889, sua filha Primitiva Maria, casada com seu primo Antônio Vianco, dá à luz a menina Josephina Vianco, alguns dias depois a mãe vem a morrer vítima de febre puerperal.
A propriedade, "FAZENDA OSASCO" já dava os primeiros sinais de desenvolvimento; na área reservada para si próprio, Agú constrói uma casa de moradia e outras para braçais, planta árvores frutíferas e videiras. Próxima a esta, ergue um estábulo (1892), casa de máquina da fábrica de papel, estação Osasco (1894), a fábrica de tecidos de Henrique Dell’Acqua e o curtume (1900), para a olaria constrói casas operárias, fornos e ranchos.
Em 1894 a Superintendência de tráfego da Cia. Sorocabana aponta a necessidade de se construir estações intermediárias entre as existentes. No mês de agosto de 1895 a Superintendência declara aberta uma estação de trens no km 16; em setembro o relatório apresenta os serviços realizados: desvios de Porto Martins a São Manoel de 100m, e outro no km 16 na estação Osasco para os trens de carga. Sendo, assim, em 1895 a estação foi oficializada, porém já existia desde 1894, segundo descrição da escritura de venda de Agú e esposa, à Comoratti Ciriaco: (...) "um terreno nesta comarca na Estação de Osasco, Estrada de Ferro Sorocabana" (...)
A VILA
Para drenar as terras próximas a estação constantemente alagadas, são plantados milhares de eucaliptos. Os trechos mais secos são loteados a imigrantes, favorecendo a ocupação urbana da região central, embora ela tenha o seu início próxima a estrada São Paulo-Itú. Esse loteamento daria origem a Vila Osasco e ao traçado das atuais ruas Primitiva Vianco, República do Líbano, Antônio Agú, Batista de Azevedo, João Batista e da Estação.
As primeiras residências da Vila eram modestas e pobres arquitetonicamente: a de Mariana Fabri e Giuseppe Barbieri (antiga rua Ferre, atual Republica do Líbano), Brícola e Cia. (Rua Henrique Dell"Acqua, atual Antônio Agú), funcionais e simplificadas estruturalmente (vila operária da olaria, próxima ao córrego Bussocaba, e da fábrica de papel, rua da carteira, atual Narciso Sturlini), elegantes e refinadas, de Giovani Bricola (chalé bricola na estrada de rodagem São Paulo a Itú, atual Av. dos Autonomistas; "casa amarela", rua Primitiva Vianco), Alexandrine de Bogdanoff ("Vila Sascha" na rua Primitiva Vianco). Algumas já existiam quando da venda dos lotes.
Podemos caracterizar a vila como um local essencialmente operário, e certamente a maioria de seus habitantes, estariam integrados nas atividades econômicas desenvolvidas por Agú; a fábrica de papelão, curtume, cocheira, olaria e a fábrica de tecidos de Henrique Dell’Acqua, esses imigrantes que para a Vila afluíram entre 1894 e 1907, adquirindo pequenos lotes e cultivando a terra dariam, origem ao processo histórico para a formação de Osasco...
Ao introduzir a mão de obra em seus empreendimentos, Agú favoreceu não só o loteamento de áreas de sua propriedade. Foi algo bem mais do que um simples arranjo físico do homem em um complexo urbano, pois o mesmo inicia-se com a transferência do homem do campo para a Vila, e não um conjunto de pessoas que para cá viessem com o intuito de garantir a posse da terra e conseqüentemente a criação de uma grande família italiana. Eles vieram realmente com a vontade de povoar e trabalhar pela produtividade da terra. Esses primeiros habitantes trouxeram costumes e manifestações culturais hoje esquecidas e por não terem sido registradas, torna-se impossível saber de que maneira foi o seu modo de vida e adaptação na nova pátria.
Quando a industrialização começou, a Vila já caminhava para uma realidade urbana e social, que desempenhou destacado papel na concentração e fixação urbana, geradora da concentração de capital, ocasionando transformações profundas entre a transição de uma realidade agrícola que embora não tenha exercido destaque e influência na organização na Vila, mas predominou de forma bastante modesta, para uma sociedade industrial que dava os primeiros passos.
Essas atividades, acabaram exercendo uma influência poderosa e importante para o crescimento da Vila, por sustentar-se com a mão de obra imigrante, que deslocava-se de São Paulo para a região, em busca de meios de vida, propriedades e da proximidade de patrícios oriundos de cidades vizinhas entre si na península itálica. A Vila Osasco era basicamente italiana...
Esse processo industrializante surge com as transformações que Agú realiza na antiga olaria, acrescentando-lhe novas construções, aumentando a produção cerâmica e a arrendando ao barão Evaristhe Sensaud de Lavaud em 1898, que por sua vez a transformaria em um dos mais sólidos empreendimentos do ramo cerâmico.
Hábil construtor, Agú participa das obras de construção do hospital Humberto Primo, e certamente todas as edificações da Vila estiveram sob a sua direção. Até a sua morte em 25.01.1909, Agú procurou fazer da Vila Osasco um local progressista e habitável, sendo mais do que justas as homenagens que lhe são prestadas.
(do livro Tempo, História e Nanquim - Primeiro volume - Autor José Luiz de Oliveira - junho de 1993)
terça-feira, 8 de março de 2011
Av. dos Autonomistas
AVENIDA DOS AUTONOMISTAS
Com pouco mais de seis quilômetros de extensão, a nossa Avenida dos Autonomistas tem uma história singular. A principio porque ela já teve diversas denominações: Estrada de Ytú; Estrada São Paulo-Ytú, Avenida Número 5; e o trecho que fica entre a Rua Dona Primitiva Vianco e a Avenida Maria Campos utilizou, durante a década de 40, o nome de Antonio Vianco, genro e primo de Antônio Agu. Na década de 60 é que passou definitivamente a utilizar o nome de Avenida dos Autonomistas, homenageando, desta forma, os moradores de Osasco que lutaram por sua Emancipação Política e Administrativa de São Paulo.
Em seguida, podemos citar o grande desenvolvimento sócio-econômico do qual essa via foi palco, quando do início das primeiras instalações industriais em sua extensão. Eternit do Brasil (1941), CIMAF (1946), Brown Boveri (1957) e White Martins (1960) são alguns exemplos dessa importante ocupação.
Além das empresas e do comércio emergente, outra importante ocupação remanescente dos anos 20 é a do Quartel de Quitaúna, ao redor do qual erigiu-se todo um povoado.
Com o inicio da industrialização, a Avenida começou a assumir proporções cada vez mais expressivas, atraindo mais e mais investidores. Hoje, podemos citar a localização de vários empreendimentos empresariais como: Osram do Brasil; Agip Liquigás; Hospital Cruzeiro do Sul; Concessionárias Volkswagem (Save), General Motors (Ricavel) e Mercedes Benz Veículos; Grupo Irka e Mundo Novo Show Room da Construção. Outros destaques que são a cara da Autonomistas: Telesp / Telefônica, Sport Center Lopes, D. Paschoal, Moraes Pinto, Restaurante Paulínia, Rincão Gaúcho, Pastorinho, Tapeçaria Autonomistas, Instituto Oftalmológico, Consórcio Remaza, Bingo Estoril, Cobraseixos, Ginastic Esports Center, Terminal Rodoviário Vila Yara, além de dezenas de agências bancárias e outros estabelecimentos.
Com a inauguração dos hipermercados Wall Mart e Carrefour, em 1996, a Avenida dos Autonomistas ganhou, definitivamente, a característica de pólo comercial dentro do município. Foi também nesse ano que o Teatro Municipal de Osasco ganhou vida e forma, passando a levar para a Autonomistas milhares de cidadãos em busca de cultura e diversão.
Quem se propor a caminhar por toda a extensão da Avenida dos Autonomistas ainda nos dias de hoje terá surpresas interessantes... No sentido Quitaúna, poderemos ver as construções erguidas na década de 20 para abrigar uma unidade do Exército Brasileiro; na capela existente será possível apreciar a imagem que Antonio Raposo Tavares carregava em suas incursões pelo interior do Brasil, também é possível admirar uma escultura feita pelo italiano Zani, também da década de 20.
Alguns metros adiante encontraremos a Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição, erguida nos anos 50 e reformada nos anos 80. mais alguns metros e encontraremos mercados, bares e empresas de grande porte, além da simpática Praça das Nações e suas respectivas bandeiras, que nos faz lembrar os imigrantes que para Osasco vieram.
Uma das poucas construções da época de Antonio Agu, fica como que à espreita, rodeada de árvores, bem de frente à Avenida João Batista: o atual museu, um chalé construído pelo banqueiro italiano Giovanni Bricola, o qual hoje abriga uma parte da nossa história e possui dados relacionados à cidade de Osasco e a alguns de seus personagens ilustres. Saindo da antiga casa mal assombrada, é possível observar o movimento da importante avenida e o grande fluxo de automóveis que hoje nela transitam.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Osasco 50 anos
Casa do fundador de Osasco, sr. Antonio Agu
Projeto Osasco 50 anos
Notar e perceber uma determinada localidade através de desenhos baseados em fotos é uma experiência única para quem gosta de recuperar o passado. Sendo assim tendo esse objetivo, organizei um material que recupera alguns aspectos da então Vila Osasco, tentando entender, questionar e contemplar a paisagem urbana e o seu posterior processo de transformações.
Não foram feitos relatos, mas foi possível entrevistar antigos moradores que em suas memórias me permitiram visualizar Osasco. Mas também localizei notas interessantes em mapas, jornais e fotografias.
Finalizando, esse trabalho contribuirá para conhecermos um pouco sobre a história local.
Sobre a pesquisa
Nossa pesquisa sobre a documentação iconográfica de Osasco existente nas bibliotecas e arquivos de moradores, teve início por volta de 1989, a principio por curiosidade, e com o tempo com seriedade. Naquela época, reunimos um conjunto apreciável de reproduções fotográficas relativamente simples.
Posteriormente, realizamos uma cuidadosa revisão desse material e um estudo detalhado de cada uma das peças iconográficas.
O Material coletado serviu para uma exposição com trabalhos á óleo e a confecção do livro Tempo História e Nanquim, referente à história da Igreja Matriz de Osasco.
Com o passar novos documentos foram localizados e copiados.
Um trabalho como este não pode ter a pretensão de ser completo. Ainda que tenhamos nos empenhado nesse sentido, sempre surgem notícias sobre outras imagens por nós desconhecidas. Esta é uma linha de pesquisa na qual ainda há muito a fazer e este projeto pretende ser apenas um inventário de parte de nossos próprios conhecimentos, numa primeira etapa.
O assunto é hoje explorado por um número muito grande de pesquisadores em vários estados brasileiros e na Europa e acreditamos que novas gerações de pesquisadores venham ampliar em muito as informações sobre a iconografia das cidades do Brasil.
É indispensável registrar a eficiência dos responsáveis por arquivos, bibliotecas e museus.
Em 2012 os osaquenses terão a grata oportunidade de visualizar uma série de trabalhos referentes a cidade.
José Luiz Alves de Oliveira
quinta-feira, 3 de março de 2011
quarta-feira, 2 de março de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Museu da Imagem e do Som - Rio de Janeiro
Local: Centro - Rio de Janeiro - RJ
O prédio foi construído em 1922 para servir de pavilhão da administração e depois do Distrito Federal, na exposição do Centenário da Independência, sendo hoje uma das poucas construções remanescentes daquele evento.
Depois de passar por vários usos e mudanças na fachada, foi ocupado pelo recém criado museu em 1965, no qual possui uma rica coleção de fotografias do Rio de Janeiro, e um acervo sobre música popular brasileira. Passou por restaurações em 1990.
- Estilo de construção: Clássico
- Época: 1922
- Dados históricos: construído para a Exposição Internacional realizada por ocasião do Centenário da Independência do Brasil.
- Acervo: Reúne um milhão de peças entre fotografias, discos, filme, pinturas, scripts, descrevendo a trajetória da música popular brasileira dos anos 20 aos dias de hoje.
- Eventos: projeção de filmes e audições.
Iconografia:
- Augusto Malta: Rio Antigo
- Guilherme Santos: Rio Antigo
- Jurandir Noronha: Cinema
- Salviano Paiva: Cinema
- Personalidades: Nacionais e internacionais
- Partituras Musicais
- Hemeroteca
- Biblioteca
- Videoteca
Curiosidades:
O museu possui o piano que pertenceu a Ernesto Nazareth, que juntamente com Chiquinha Gonzaga e Joaquim Antonio Callado foram precursores do choro na virada do século.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Manifestação em prol da emancipação de Osasco
Autonomistas e a Emancipação de Osasco
Em 1944, Osasco passou de zona distrital para subdistrito da cidade de São Paulo. Era uma região industrial em emergente progresso, contribuindo anualmente com impostos no valor de três milhões de cruzeiros. Mas o retorno não vinha através de obras significativas que a prefeitura de São Paulo poderia fazer. Sendo assim um grupo de habitantes teve a idéia de se reunir para lutar em defesa do bairro de Osasco...
A Sociedade Amigos de Osasco – SAO, travaria uma grande luta a favor da Autonomia Político-Administrativa de Osasco, trabalho feito através da distribuição de panfletos, reuniões e palestras.
No dia 19.02.1952 a Sociedade Amigos de Osasco realizou uma reunião no Cinema Osasco.
Passa então existir o clima de guerra, duas forças antagônicas: a turma a favor e a do contra.
A eleição acontece em 1953 O “SIM” perdeu por uma pequena diferença de 145 votos e, provavelmente, o resultado fora fraudado em virtude das urnas eleitorais terem ficado no cartório local, que era o reduto da turma do “Não”.
O movimento autonomista foi alçado em assembléia realizada no clube Floresta, em 13.12.1957, sendo decidido que a SADO seria responsável pela documentação a ser enviada até o fim de abril de 1958, à Assembléia Legislativa.
As eleições marcadas para 10.04.1959 foram suspensas pelo Supremo Superior Tribunal Eleitoral que anulou a lei criadora do município.
Em 11.11.1959, o órgão eleitoral, pelo voto de desempate do presidente, indeferiu o pedido daquela agremiação, alegando que persistia a decisão do STF o qual declarou nula a Lei 5.121.
Os autonomistas recorreram ao TSE, que em pronunciamento de 07.06.1961, reconheceu os feitos da lei estadual que concedeu a emancipação e promoveu o desmembramento de Osasco da capital.
Declarando sem efeito a decisão do TER que considerava necessária a realização de novo plebiscito, na mesma data ordenou ao TER à marcação das eleições. Foi então, fixado para o dia 07.01.62 para o pleito.
O prefeito de São Paulo, Prestes Maia, recorreu ao TSE no dia 15 de novembro.
Como o Tribunal não tomou conhecimento do recurso, o chefe do Executivo Paulistano requereu “reclamação regimental” ao Supremo. A liminar foi concedida.
Na madrugada do dia 07 (dia da eleição) o TER suspendeu a eleição. O descontentamento foi geral em Osasco.
Pela manhã houve o início de um comício com faixas e cartazes para o enterro do STF.
No mesmo dia uma caravana seguiu em direção ao Museu do Ipiranga, trazendo de lá a chama da pira do altar da pátria, que por sua vez ficaria acesa no largo da estação Osasco, até que fossem realizadas as eleições.
As eleições foram realizadas em 04.02.62 e os resultados apontaram para prefeito o advogado Hirant Sanazar.
A diplomação ocorreu no dia 07 de 02.62 e a posse do primeiro prefeito e vereadores no dia 19.02.62.
A Pira que ficou acesa no Largo de Osasco
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Dom Agnelo Rossi
Dom Agnelo Rossi, recebendo o titulo de cidadão osasquense, na igreja matriz em construção. Hoje Catedral de Sto. Antonio - Osasco. 1970
Foi a segunda solenidade externa da Câmara municipal.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Bairro do Mutinga
Bairro do Mutinga
O sitio Mutinga pertenceu primitivamente a Dona Maria Leite de Barros e Ignácio Correa de Lemos, por concessão do Diretor do Aldeiamento de Indios de Pinheiros.
Em 1803 foi vendido a Ignácio Correa de Lemos, que vendeu em 1834 á Domiciano Zacharias, reservando para si mesmo o local de sua moradia e dois quintais, a que acabou sendo denominada de sitio da Vargem.
Falecendo Domiciano Zacharias, o mesmo passou em partes iguais para os herdeiros: Jeremias, Britibaldo, Joana e Emilia.
Britibaldo e Jeremias faleceram, e suas respectivas partes foram para suas irmãs Emilia e Joana, casadas com Henrique José de Camargo e Alexandre José de Siqueira.
Por escritura de divisão amigável feita em 1878, o sitio foi dividido, Siqueira ficou com a parte de cima (denominado Itahym ou Cachoeirinha), Camargo com a parte debaixo, próxima ao rio Tietê. Este ficou com o nome de Mutinga.
Henrique José de Camargo morreu em 1913 e o sitio foi partilhado entre os herdeiros: a viúva Emilia Zacharias de Camargo, Abigail de Camargo (casada); Maria de Camargo (casada ); Isabel de Camargo (casada); Ana de Camargo (casada); Raphaela de Camargo (casada); Felicia de Camargo (casada); Leonor de Camargo (casada); Margarida de Camargo (solteira); José Augusto de Camargo (casado); Misael Zacharias de Camargo (casado); Jeremias Propheta de Camargo (falecido antes do inventário, casado com Anna Ferreira, também falecida, e representada pelos filhos: Izabel de Camargo; Genésio de Camargo; João de Camargo; Maria de Camargo; Dolores de Camargo; Amélia de Camargo.
Christovão de Camargo, (casado); Joaquim Octaviano de Camargo (casado); Belisario Zacharias de Camargo, (casado); Laurindo Roque de Camargo, (casado com); João Baptista de Camargo, (casado).
Antes de falecer, Henrique José de Camargo fez um testamento, deixando para seus filhos Laurindo Roque de Camargo e a irmã Maria Margarida Abdias de Camargo, uma parte da propriedade.
Em 10.08.1909, Henrique José de Camargo e esposa, doaram ao menor Joaquim Domingos de Camargo, dois alqueires de terras na fazenda Mutinga.
O primeiro a vender terras foi a viúva, Emilia Zacharias de Camargo em 21 de março de 1917, para James Chester Baggot
Com o passar dos anos, a terras foram vendidas, e dividindo-se cada vez mais.
Colégio Misericórdia - Osasco
O Colégio Nossa Senhora de Misericórdia, inaugurado em 1943, através dos trabalhos das reverendas Úrsula Carew, Maria Éster Martins, Maria Celeste Ortiz Patto e Maria Silvia Lopes. Com o nome oficial de Escola de 1º e 2º graus Nossa Senhora da Misericórdia, e dirigido pela irmã Francisca Gralato, o colégio ministra aulas em dois períodos diários, manha e tarde, podendo hoje oferecer os cursos de Pré-escola, 1ª a 8ª séries, Magistério, com especialização em Pré-escola, e laboratório em análises químicas para mais de 2000 alunos matriculados. Em 1991, a escola inaugurou seu último prédio, o Ginásio de esportes, que tem capacidade para 600 pessoas.
Um pouco de história
Em 1943, na inauguração da pequena unidade, após a benção e discursos de vários convidados de honra, dentre eles, o arcebispo de São Paulo José Gaspar de Afonseca e Silva, uma das colaboradoras e amigas da escola, Alzira Junqueira do Val, doou dez contos de réis, grande quantia em dinheiro para a época.
A princípio, o Misericórdia atenderia a Escola Primária e Escola Profissional, porém como as obras do colégio ainda estavam inacabadas, foi iniciado o programa escolar apenas com o curso primário, contando com cerca de 76 alunos matriculados. As obras só foram terminadas em 1944, um ano depois de sua inauguração, passando então a matricular alunos para o curso profissional, com duração de 3 anos.
A primeira grande perda para aconteceu em 1945, quando a reverenda Esther pinto Martins, submetida a uma intervenção cirúrgica, veio a falecer.
Na 1ª quinzena de Outubro de 1951, foi realizada a inspeção às dependias da escola, tendo como objetivo a fundação do curso ginasial, em lugar do profissional. Passando pela fase da aprovação, no mesmo ano, o Misericórdia atendia 23 alunas do recém-implantado programa. Daí para frente, o tradicional colégio só progrediu. Em 55, passou a ter também em seu quadro letivo, alunas do curso Magistério. As primeiras professoras formadas pelo curso do Misericórdia receberam os diplomas em 57.
A pedra fundamental do salão nobre do colégio foi lançada em 14 de dezembro de 1957, na presença do reverendo Nazareno, que oficializou a cerimônia, seguido de Leonardo de Carlo, presidente da comissão pró-construção do salão, obra esta, concluída em 1959.
Ampliando seu atendimento, no período de 75 a 78, funcionaram no colégio os cursos técnicos de Secretariado, Química e supletivos de 1º e 2ª graus. A partir de 75, foi instalado também no diurno, o curso colegial de Auxiliar de laboratório de Análises Químicas e pré-escola, que surgiu em substituição ao antigo curso infantil, ou pré-primário.
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