A Igreja Matriz de Santo Antônio em Osasco – São Paulo.
“Era desejo de
Antonio Agù que a povoação existente em torno de suas terras possuísse uma
igreja edificada para o prolonga mento do caráter religioso dos habitantes da
Villa. Em mapa da “Villa Osasco”, desenhado por Júlio Saltini em 1899, é
estabelecido que o local propício à construção, ficaria no prolongamento da Rua
Henrique Dell’ Acqua (atual Rua Antonio Agù). Agù morreu em 1909, não chegando
a ver concretizado o seu desejo, e a área destinada à igreja não chegou a ser
doada, embora fosse mencionada em seu testamento.
Após a
elevação da Villa Osasco para Distrito em 31/12/1918, os habitantes locais,
desejosos de darem continuidade ao progresso do distrito, se reorganizam com a
denominação de “LIGA DOS INTERESSES LOCAES”, que vem a substituir a “COMISSÃO
PROTETORA DE MOLHORAMENTOS DA VILLA”. Em
reunião na casa de Jacob Fornazzari, por influência de Júlio de Andrade e Silva
“DELEGADO DISTRITAL” e tesoureiro da “LIGA”, é decidido o envio de um telegrama
à Itália, solicitando à herdeira de Agù, Giusephina Vianco Enrico, a doação de
um terreno, o mesmo previsto em 1899, para a construção de um templo
religioso.
Entre os
assuntos tratados na reunião, ficam estabelecidas várias comissões responsáveis
pelos serviços religiosos e as atribuições dos membros escolhidos, sendo
concedido por unanimidade o título de “PRESIDENTES BENEMÉRITOS E BENFEITORES”
aos doadores do terreno. Por telegrama
expedido da Itália é concedido à Mitra Archidiocesana do Estado, o terreno
requerido.
Quando foi
solicitada a doação do terreno, a “LIGA” já possuía um projeto arquitetônico
para igreja, de autoria de Ernesto Behreudt, estando aprovada pelo arcebispo de
São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, que escolhe Antonio de Pádua, para ser
o padroeiro da nova paróquia, homenageando desta forma Antonio Agù.
Após o recebimento do telegrama autorizando a
doação, os senhores Nathanael Leopoldo e Silva, Arthur de Vasconcellos e Júlio
de Andrade e Silva, em visita ao arcebispo, trocam impressões sobre a visita
que o mesmo deverá fazer ao recén criado “DISTRITO DE OSASCO”.
Com a chegada
dos “Benfeitores”, Giusephina e seu marido Cesare Enrico, as comissões
promotoras do evento decidem realizar no dia 15 de maio, as comemorações para o
“LANÇAMENTO DA PRIMEIRA PEDRA FUNDAMENTAL DA IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTONIO DE
PÁDUA EM OSASCO”.
Devido o tempo
chuvoso que fez às vésperas e no dia programado para os festejos, esses tiveram
de ser adiados para outra ocasião, que seria de conhecimento da população,
adiantando-se assim, as obras de alargamento e prolongamento da Rua Henrique
Dell’Acqua. Com a permissão da herdeira
de Agú a antiga rua vem a denominar-se Avenida Antonio Agù.
Para a
realização dos festejos é escolhido o dia 13 de julho, às dez horas da manhã,
facultando a participação de todos os habitantes e convidados, uma vez que o
evento se realizaria em um domingo.
Para “PATRONO”
da solenidade é escolhido Dom Duarte Leopoldo e Silva, “PRESIDENTE HONORÁRIO”,
pe. Benedito Pereira dos Santos, vigário da paróquia da Lapa. “Para Organização dos festejo: “PRESIDENTE”
Dr. Victor Ayrosa, ‘VICE” Dr. Esteves da Natividade, “SECRETÁRIO GERAL” Dr.
Arthur de Vasconcellos e para as demais comissões, diversos moradores locais.
O engenheiro
da planta é o sr. Dr. Ernesto Belwing, responsável pelas obras da Matriz a
Consolação.. A futura igreja obedece o
estilo romano e terá uma só torre. As suas dimensões internas são de 30 de
comprimento por 12 de largura, com três naves longitudinais e cinco transversais. Possuirá além do altar-mór, duas capelas
centrais, bem como uma sacristia e uma sala de reuniões.
Comportará, comodamente mil pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário